Lumus Maxima

Do estado de euforia a mais completa solidão Da linda calmaria pode surgir um furação Nessa vida incompleta onde ela deseja ser Tudo nessa alegria é melhor se derreter Pois quando tudo se acalmar e nada mais restar O vazio vai chegar fazendo o coração doer Erros e acertos revirando o passado Medos e modelos procurados em vasos Como será quando tudo isso passar Como será correr entre os campos E sentir a liberdade chegar Ela que não e ela agora Detesta pensar que tudo vá embora Num piscar de olhos ao acordar Como ela pode ir aos extremos e em segundos voltar Nem consegue se conter em pensamento Um livro aberto cheio de segredos Como será se um dia acabar Ela tem medo de tudo se desmaterializa Pegando fogo, queimando tudo Na euforia de continuar.

Ela sozinha onde não havia o nada Pensando em tudo que fez Como a vida pode ser tão confusa Para entender como será o final Será que foi tão negligente Deixou a vida a levar Os seus caminhos confusos Parou de querer contar Deixou o seu melhor jardim Para em espinhos poder pisar E agora olhando o que restou Me pergunto se seria até melhor Me mudar pra outro lugar E esquecer tudo que passou Mas mesmo assim tudo perseguir Na noite de luar Então o melhor reconstruir do que restou Transformar o nada em tudo A tristeza num sorriso não se enterrar num lugar profundo Encontrar o paraíso